O consumo de café durante a gravidez e a amamentação deve ser feito com cautela devido aos efeitos da cafeína tanto na gestante quanto no bebê. Aqui estão os principais riscos e recomendações:

🔺Riscos do consumo excessivo de cafeína
- Baixo peso ao nascer: Estudos sugerem que altas doses de cafeína durante a gestação estão associadas a uma maior chance do bebê nascer com peso inferior ao ideal.
- Risco de aborto espontâneo: Embora a relação ainda gere debate científico, consumos muito elevados de cafeína (geralmente acima de 300 mg/dia) têm sido relacionados com um leve aumento do risco.
- Retardo no crescimento fetal: A cafeína atravessa a placenta e o feto não possui as enzimas necessárias para metabolizá-la de forma eficiente, o que pode afetar seu desenvolvimento.
- Aumento da frequência cardíaca fetal: Em excesso, a cafeína pode alterar o ritmo cardíaco do bebê, o que pode ser detectado em ultrassons ou exames cardíacos fetais.
✅Recomendação segura
- A Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras entidades, como o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG), recomendam limitar a ingestão de cafeína a no máximo 200 mg por dia durante a gravidez.
- Isso equivale a aproximadamente:
- 1 a 2 xícaras de café coado (150–200 ml cada)
- Menos ainda se a gestante também consome refrigerantes, chá preto, chá verde ou chocolate, que também contêm cafeína.


Amamentação
🔺 Riscos durante a lactação
- Transferência pelo leite materno: A cafeína ingerida pela mãe passa para o leite materno, embora em quantidades menores (cerca de 1% do que é consumido).
- Efeitos no bebê: Bebês, especialmente recém-nascidos, têm metabolismo lento para eliminar cafeína. Isso pode causar:
- Irritabilidade
- Choro frequente
- Dificuldade para dormir
- Agitação
✅ Recomendação segura
É ideal observar a reação do bebê. Se houver sinais de irritação ou alteração no sono, pode ser necessário reduzir ainda mais ou evitar totalmente.
A maioria dos especialistas recomenda que lactantes limitem o consumo de cafeína a 300 mg por dia ou menos.
☑️ Dicas práticas
- Prefira café descafeinado se quiser continuar com o hábito sem os riscos.
- Cuidado com outras fontes de cafeína no dia: chás, refrigerantes, energéticos, chocolate.
- Sempre converse com o obstetra ou pediatra sobre o seu consumo e o que é mais adequado para o seu caso específico.

☕ Tabela de Teor de Cafeína por Porção
Bebida | Porção Média | Cafeína Aproximada |
---|---|---|
Café coado (filtro) | 200 ml (1 xícara) | 80–100 mg |
Café expresso | 30 ml (1 dose) | 60–90 mg |
Café instantâneo | 200 ml | 60–80 mg |
Café descafeinado | 200 ml | 2–5 mg |
Chá preto | 200 ml | 40–60 mg |
Chá verde | 200 ml | 20–45 mg |
Chá mate (chimarrão/tereré) | 200 ml | 20–40 mg |
Refrigerante tipo cola | 350 ml (1 lata) | 30–45 mg |
Bebidas energéticas | 250 ml (1 lata) | 80–150 mg (ou mais) |
Chocolate ao leite | 30 g (1 barra pequena) | 5–15 mg |
Chocolate meio amargo | 30 g | 15–30 mg |
Achocolatado (tipo Nescau) | 200 ml | 2–10 mg |
🍼 Importante para Gestantes e Lactantes
- Limite diário recomendado:
- Gravidez: até 200 mg/dia
- Amamentação: até 300 mg/dia
- Exemplo prático:
1 xícara de café coado + 1 lata de refrigerante tipo cola + 1 pedaço de chocolate ao leite = cerca de 140–160 mg de cafeína no total.
Muito obrigado por ter acompanhado meu artigo até o final! Seu interesse é fundamental para espalhar informações importantes sobre os riscos do café na gravidez e amamentação. Se você achou o conteúdo útil, por favor, compartilhe com amigos, familiares e nas suas redes sociais. Juntos, podemos promover uma maior conscientização e ajudar mais pessoas a fazer escolhas informadas para uma vida mais saudável. Agradeço de coração pela sua atenção e apoio!
Deixe um comentário